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Bolsonarista, chefe da Fundação Casa Rui Barbosa defende canibalismo depois de vídeo do presidente

Presidente da Casa Rui Barbosa, Leticia Dornelles. Foto: Reprodução

A presidente da Casa Rui Barbosa, Leticia Dornelles, usou suas redes sociais neste sábado (8) para defender as afirmações que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez sobre canibalismo em vídeo que viralizou nesta semana. Dornelles comparou a declaração de Bolsonaro com uma das mais famosas tragédias aéreas ocorridas na América do Sul. A publicação foi deletada após a repercussão.

A declaração de Bolsonaro viralizou está semana nas redes sociais. No vídeo, durante entrevista ao jornal The New York Times, em 2016, o presidente disse que só não comeu carne humana de um indígena em Surucucu porque ninguém quis ir com ele.

“Morreu o índio e eles estão cozinhando, eles cozinham o índio, é a cultura deles. Cozinha por dois três dias, e come com banana. Daí eu queria ver o índio sendo cozinhado, e um cara falou, ‘se for ver, tem que comer’, daí eu disse, eu como! E ninguém quis ir, porque tinha que comer o índio, então eles não me queriam levar sozinho, e não fui”, disse Bolsonaro na entrevista.

Na publicação, Dornelles comparou a fala de Bolsonaro com a tragédia de um avião que na Cordilheira dos Andes em outubro de 1977: “O voo uruguaio 571 transportava 45 pessoas. Caiu na Cordilheira dos Andes em outubro de 1972. Os 33 sobreviventes ficaram 72 dias perdidos no gelo. Faltou alimento. Aconteceu o horror. São monstros? Não. Pode imaginar o trauma? Tirado de contexto, eles seriam canibais? Raciocine”.

Portanto, os passageiros sobreviventes tiveram de se alimentar com carne humana depois de ficarem mais de 70 dias sem resgate. Ou seja, havia uma situação de risco, nada semelhante com o que Bolsonaro relatou.

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