Bolsonarista de 1ª hora, o candidato da direita em Fortaleza, Capitão Wagner, diz que não tem padrinho político

Da Folha:
O deputado federal Wagner Sousa Gomes, 41, o Capitão Wagner (PROS), que disputa o segundo turno para comandar Fortaleza, preferiu não utilizar o apoio anunciado por Jair Bolsonaro (sem partido) antes ainda do primeiro turno. Na capital cearense, não se vê fotos dele ao lado do presidente em nenhum material de campanha.
No horário eleitoral para o segunto turno, o deputado, que enfrenta José Sarto (PDT), cita quatro frases ou ações de Bolsonaro. Com duas disse concordar —o auxílio emergencial e a finalização da transposição do rio São Francisco—, e com outras duas, discordar: quando o presidente chamou a Covid-19 de gripezinha e quando disse, sobre o aumento do número de mortos pela doença, que não era coveiro. (…)
Por que o senhor não tem utilizado na campanha o apoio que o presidente Jair Bolsonaro lhe deu antes ainda do primeiro turno? Agradeci ao presidente, é importante que alguém daqui tenha acesso a ministros, e minha presença como deputado federal em Brasília me deu essa possibilidade. Mas não tenho padrinho político e minha vida pública têm muita independência. Ninguém vai ditar como conduzir meu mandato, votei matérias a favor e contra o governo nesse período como deputado federal.
Mas o senhor acha que perderia votos se colocasse o presidente em sua campanha? É questão de independência. Por exemplo, temos o apoio do senador Eduardo Girão [Podemos-CE], trabalhamos também na eleição e indicação dele em 2018, mas logo depois de eleito trocou de partido e temos posições diferentes. Ninguém interfere em meu mandato e eu não interfiro no de ninguém. Não tenho padrinho político, diferente de meu adversário, que tem os Ferreira Gomes [os irmãos Ciro e Cid Gomes].