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Bolsonarista, Ypê é acusada de racismo em campanha publicitária na Bahia

Pessoas retirando escultura de rua
Funcionários da prefeitura de Salvador retirando escultura da Ypê – Reprodução/Redes Sociais

A empresa de produtos de limpeza Ypê enfrentou acusações de racismo devido à instalação de uma escultura de uma mão segurando um limpador multiuso em uma rua de um bairro de alto padrão em Salvador (BA). Após críticas que destacaram a representação da mão como negra, a Prefeitura de Salvador prontamente removeu a peça.

A Química Amparo, proprietária da marca Ypê, emitiu uma nota oficial repudiando qualquer forma de manifestação preconceituosa e racista. A empresa esclareceu que a escultura foi inspirada no personagem norte-americano “Mãozinha”, da série “A Família Addams”, baseado no filme dos anos 90. Desde outubro, a Mãozinha branca tem sido destaque nos comerciais da marca como parte de uma campanha de Halloween. Em 2022, a família proprietária da empresa doou R$ 1 milhão para a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O incidente ganhou notoriedade nas redes sociais quando a escritora e professora Bárbara Carine compartilhou um vídeo em seu Instagram na terça-feira (5), com a legenda “A mão visível do racismo”. De acordo com Carine, a escultura reforça estereótipos escravagistas que perpetuam a marginalização social de pessoas negras.

A Ypê defendeu-se afirmando que a escultura e todas as reproduções da Mãozinha seguiram os padrões técnicos estabelecidos pelo Instituto Addams, detentor dos direitos autorais do personagem. Segundo a empresa, o instituto interpreta a Mãozinha como a representação de uma mão masculina adulta de pele branca e aprovou todas as peças da campanha, incluindo a escultura que buscou reproduzi-la dessa maneira.

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