Bolsonaristas da Fiesp causam racha após carta pela democracia

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) organizou recentemente o manifesto “Em defesa da Democracia e da Justiça”, que foi assinado por outras 89 entidades, entre associações empresariais, universidades, ONGs e centrais sindicais.

Apesar do apoio externo, a Fiesp tem vivido um momento de grandes tensões internas. Diretores e sindicatos da própria federação foram contra a publicação da carta. A informação é do colunista do O Globo Lauro Jardim.

Sindicatos fortes como a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) e diversos diretores, foram contra a divulgação da carta. Somente cerca de 20% dos sindicatos inscritos na Fiesp assinaram o manifesto, e apenas 14% dos filiados da Federação entre os signatários.

Os grupos bolsonaristas tem se fortalecido na Fiesp, principalmente desde o golpe de 2016 da ex-presidente Dilma Rousseff. Até dezembro, por exemplo, a Federação tinha como presidente Paulo Skaf, símbolo do avanço da extrema-direita.

Porém, o atual presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar, o vice de Lula em seus dois mandatos, “embicou” a entidade na direção do petista. Não é à toa que a turma que apoia Jair Bolsonaro (PL) esteja incomodada.

Na segunda-feira haverá uma reunião de cúpula na Fiesp a fim de debater as tensões que tem permeado a Federação.

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