Apoie o DCM

Bolsonaristas, PMs candidatos usam quartéis para pedir voto em SP

Policial
Bolsonaristas, PMs candidatos usam quartéis para pedir voto em SP. (Foto: Divulgação/SEED)a militar

Em São Paulo, na disputa para uma vaga nas eleições deste ano, o estado terá um número recorde de policiais militares da ativa entre praças e oficiais, que tentarão vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados, somando 80 candidatos desta base.

Com cerca de 135 integrantes das forças de segurança que disputarão o pleito em 2022, esse número de PMS representa mais da metade. Quando o major Olímpio Gomes (pelo PSL na época) chegou, em 2018, ao Senado com 9 milhões de votos, em um momento que o Brasil passava por uma ”onda” conservadora, foram 73 praças e oficiais que pediram afastamento da corporação para concorrer.

Entretanto, a popularidade dos policiais é disputada por candidatos ao governo paulista, já que, além dos mais de 100 mil policiais no estado que podem querer apoiar a sua categoria nos votos, há familiares, conhecidos e diversos setores da população que são afetados pelo grupo.

Como eles necessariamente farão campanha relacionada a algum candidato ao governo do estado, é analisada constantemente sua relação política com personalidades nestes cargos. Existe simpatia à figura de Jair Bolsonaro (PL) e também a Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato do presidente ao governo paulista.

Neste tópico, há relatos de policiais fazendo campanha para o candidato ao Governo de SP de Bolsonaro até dentro dos próprios quartéis. E, de olho neste grupo, Tarcísio tem prometido reavaliar o uso das câmeras dos uniformes dos policiais que, segundo ele, não podem ser vistos como suspeitos, como é contado pela Folha de S. Paulo.

Ainda visando chamar a atenção da categoria, a administração estadual e Rodrigo Garcia (PSDB) tem feito movimentações que vão do aumento de salário a compra de equipamentos. Em um cenário menos favorável como o de quatro anos atrás, os novos candidatos precisarão disputar votos entre si e entre os outros policiais eleitos, mais experientes no cargo.

“Agora é hora de saber se realmente se as pessoas reconhecem o trabalho da gente ou não. […] Espero que as pessoas transfiram esse carinho, esse apoio ao meu trabalho para a pessoa do meu filho também”, disse, segundo a Folha, o deputado Coronel Telhada, pai do capitão Rafael Telhada.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link