Bolsonaristas querem limitar poder da AGU para espalharem mais fake news

Um grupo de deputados bolsonarista articulou duas frentes de reação às medidas do governo Lula (PT) contra fake news sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. A mobilização atinge especialmente a Advocacia-Geral da União (AGU), liderada pelo ministro Jorge Messias, cujas ações desagradaram aos parlamentares de extrema-direita.
Os seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aceleraram a tramitação de um projeto de lei que pode acabar com o recebimento de honorários por advogados públicos e tentam extinguir a Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia, estrutura da AGU dedicada ao combate às fake news.
“A questão envolvendo o Rio Grande do Sul foi a gota d’água de uma série de iniciativas que a AGU tem tomado desde o início do governo Lula que, no nosso entendimento, não é de competência dela”, afirmou o líder da oposição na Câmara, Filipe Barros (PL-PR).
Diante das mobilizações, o ministro Messias entrou pessoalmente em uma articulação defensiva, procurando associações de classe e lideranças do Congresso. Ele já discutiu o tema com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e acionou procuradores da AGU para a tarefa.