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Bolsonaro achava Pujol “isentão” e queria que comandante do Exército atacasse Cármen Lúcia

Da Coluna de Bela Megale no Globo:

Jair Bolsonaro cumprimenta com o cotovelo o general Edson Pujol. Foto: Marcos Corrêa/PR

O motivo que fez Jair Bolsonaro pedir a demissão do agora ex-comandante do Exército Edson Pujol se resume em um fato: o presidente queria que o general fosse a reedição de seu antecessor do cargo, Eduardo Villas Bôas. A postura de isenção de Pujol irritava cada vez mais Bolsonaro.

No início deste mês, o presidente esperava manifestações públicas do então comandante do Exército, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou as condenações da Lava-Jato contra Lula e o tornou novamente elegível.

Bolsonaro também tinha expectativa que, há duas semanas, Pujol se manifestasse para condenar a ministra do STF Carmén Lúcia, após a magistrada mudar seu voto e se posicionar a favor da suspeição de Sergio Moro. A decretação de parcialidade do ex-juiz no caso Lula foi mais uma vitória para o petista. Segundo auxiliares do presidente, Bolsonaro não concordava com a postura de “isentão” de Pujol, de não mostrar publicamente insatisfações alinhadas às do Palácio do Planalto.

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