Bolsonaro investe em ampliação da Abin e quer aumentar rede de espionagem

Jair Bolsonaro (sem partido) está realizando a maior expansão da Abin desde sua criação em 1999.
O presidente assinou um decreto ampliando para 48 o número de órgãos públicos integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência, um guarda-chuva jurídico da agência para coleta de informações.
Eram 39 quando ele chegou ao Palácio do Planalto. Prevê-se também uma coletânea de organismos estaduais colaboradores, definidos internamente como “entidades ou órgãos parceiros”.
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Mudanças de Bolsonaro
Todos esses 48 organismos já forneciam informações, mas de maneira passiva e com limites definidos.
Agora, estão formalmente engajados num sistema de espionagem projetado com ambição e abrangência nacional. E estão obrigados a repassar informações, sigilosas ou não, “sempre que solicitados”.
Os funcionários precisam deixar as “atribuições habituais no órgão de origem” e trabalhar “em regime de disponibilidade permanente” na unidade, obedecendo normas de um “regimento interno” ainda inexistente na Abin.
A norma vale tanto para burocratas civis quanto militares dos serviços secretos das Forças Armadas.