Bolsonaro coloca na frigideira general que faz a articulação política com o Congresso

De Julia Chaib, Gustavo Uribe e Talita Fernandes na Folha de S.Paulo.
Criticado por líderes partidários do Congresso, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, entrou em choque com o presidente Jair Bolsonaro. Auxiliares passaram a defender mudanças na articulação política.
O general da ativa, considerado um dos ministros de maior confiança do presidente, adotou postura que desagradou Bolsonaro na negociação do acordo para a divisão do Orçamento impositivo com o Legislativo.
A relação turbulenta de Ramos com o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), é outro fator de desgaste. Cabe ao militar manter diálogo constante com líderes do governo no Congresso.
Na quarta-feira (4), a Câmara manteve o veto de Bolsonaro e devolveu temporariamente ao Executivo, após acerto com o governo, o controle de R$ 30,8 bilhões em recursos federais.
Agora, nova partilha está prevista para ser votada na próxima semana. O Congresso poderá ficar com, no mínimo, metade do montante. Já há, porém, resistência de parlamentares à divisão do dinheiro.
Ramos foi, com a equipe de Paulo Guedes (Economia), o fiador de um primeiro acordo costurado com o Congresso para tentar resolver a briga.
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