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Bolsonaro congela acordo e quer apoio para manter vetos ao Orçamento impositivo

O presidente Jair Bolsonaro participa de café da manhã com empresários indianos, em Nova Délhi
Imagem: Alan Santos/PR

De Gustavo Uribe, Renato Onofre e Fábio Pupo na Folha de S.Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro congelou o acordo para que o governo retome parcela dos R$ 30,1 bilhões do chamado Orçamento impositivo. A disputa por dinheiro deflagrou nova crise entre Executivo e Congresso.

O acerto foi feito em fevereiro. Porém, desde quinta-feira (26), o presidente passou a considerar a possibilidade de recuar no trato e a confiar em uma vitória em plenário.

Bolsonaro recebeu relatos de líderes partidários de que melhorou o clima no Senado para a manutenção do veto ao Orçamento impositivo. O instrumento foi criado em 2015 e obriga o Executivo a pagar emendas de parlamentares.

O presidente barrou trecho da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2020 que empodera ainda mais congressistas. Eles inovaram ao tornar obrigatória também a execução de emendas do relator do Orçamento e de comissões.

Bloco de senadores considerados independentes já anunciou votar com o governo. Eles podem ajudar a manter o veto do presidente e, assim, tirar a autonomia do Congresso sobre os gastos da União. 

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