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Bolsonaro diz que Flávio é tratado como ‘o maior bandido da Terra’ e que Queiroz é ‘injustiçado’

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz

Em entrevista ao Datena nesta terça (15), Jair Bolsonaro afirmou que a investigação envolvendo o seu filho, senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), não é feita de forma “justa”. O presidente destacou que a “pressão” contra seu filho ocorre para tentar atingi-lo politicamente.

“O que eu sempre torci é que fosse feito um processo justo, mas isso não está sendo feito. O Ministério Público do Rio de Janeiro vaza tudo para a Globo”, acusou Bolsonaro. Flávio é investigado pelo esquema de “rachadinha” em seu gabinete quando ainda era deputado estadual.

“A pressão em cima do meu filho é para me atingir. Não é só em cima do meu filho, é em cima de esposa, é de ex-mulher, outros filhos, parentes meus, amigos que estão do meu lado”, comentou o presidente.

“Essa questão da Abin, eu tive com o general Heleno e perguntei se alguma coisa foi feita e ele falou não”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro comentou ainda sobre o envolvimento do assessor Fabrício Queiroz no caso da rachadinha. Segundo ele, os cheques que somam cerca de R$ 89 mil recebidos pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, eram direcionados para ele próprio e ocorreram ao longo de dez anos.

“Aqueles cheques do Queiroz ao longo de dez anos foram para mim, não foram para ela. Divide aí. R$ 89 mil por dez anos, dá em torno de R$ 750 por mês. Isso é propina? Pelo amor de Deus”, disse.

O presidente citou também que Queiroz era de confiança, que pagava contas para ele e que não conversou com ele desde que o início do processo de investigação.

“Ele (Queiroz) está sendo injustiçado também porque tem que ser investigado e dar a devida pena se for culpado e não prender esposa. Quebraram o sigilo de mais de 90 pessoas. Não tem cabimento isso. Parece que o maior bandido da Terra é o senhor Flávio Bolsonaro”, disse. “Se tem a sua culpa, se apura e se pune, mas não dessa forma tentando me atingir politicamente em todo momento”, apontou.