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Bolsonaro diz torcer para que STF mantenha abertura de igrejas

O presidente Jair Bolsonaro discursa durante cerimônia no Palácio do Planalto Foto: Marcos Corrêa/Presidência/07-04-2021

De Daniel Gullino no Jornal Extra.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que torce para que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha a decisão do ministro Nunes Marques de liberar a realização de missas e cultos religiosos em todo o Brasil, mesmo durante o pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil. Um julgamento sobre tema está previsto para estar quarta no STF. Bolsonaro também disse que seria bom se algum dos ministros ao menos pedisse mais tempo para analisar, o que adiaria uma definição.

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— 90% da população, um pouco mais, acredita em Deus. E, acreditando em Deus, eu espero que daqui a pouco, está previsto no Supremo Tribunal Federal, julgar a liminar do ministro Kassio Nunes, ou que a liminar seja mantida ou que alguém peça vista, para que nós possamos discutir um pouco mais a abertura de templos religiosos — disse Bolsonaro, durante visita a Chapecó (SC).

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No sábado, Nunes Marques liberou a realização de missas e cultos, atendendo a um pedido da Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure). De acordo com o ministro, a proibição das reuniões religiosas seria uma extrapolação de poder dos estados e municípios e poderia ferir a liberdade religiosa.

Na segunda-feira, em outra ação, o ministro Gilmar Mendes negou pedido do PSD contra decreto do governo do estado de São Paulo que proibiu a realização de atividades religiosas coletivas. Assim, com decisões opostas dos dois ministros, caberá agora ao plenário fixar um entendimento sobre o tema.

Bolsonaro visitou Chapecó por considerar a cidade um exemplo no combate à Covid-19, apesar da cidade ter apresentado um aumento de 322% no número de óbitos pela doença em 2021, em relação ao ano passado.

Em um discurso de quase meia-hora, o presidente defendeu diversas vezes a adoção de um “tratamento precoce” contra o coronavírus, apesar de admitir que não há eficácia comprovada de nenhum medicamento contra a doença. Bolsonaro também criticou as medidas de restrição de circulação de pessoas, utilizadas por governadores e prefeitos para diminuir a disseminação do vírus.

Um dia após o Brasil recorder de número de mortes, com o número de registros de óbitos em 24h passando de 4 mil pela primeira vez, o presidente disse que “parece que no Brasil só tem Covid”:

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