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Após fugir em 2018, Bolsonaro diz que Dória vai ter muito o que explicar no debate de 2022

Bolsonaro e Dória
Bolsonaro alfinetou Dória

Após fugir em 2018, Bolsonaro falou sobre os debates de 2022. Caso não seja cassado ou sofra o impeachment até lá, ele poderá participar. O presidente afirmou que não tem gente nova no páreo. Inclusive, aproveitou para alfinetar João Dória, governador de São Paulo.

“Não vejo gente nova aí. Tem o Ciro, o Haddad, que é reserva do Lula, o próprio Lula, agora a terceira via, do cara que entrou no Supremo pra barrar a MP da liberdade de expressão. Se ele [Dória] for candidato, como vai explicar isso no debate?”, declarou o chefe do Executivo.

A frase é surpreendente. Isto porque Bolsonaro fugiu dos debates presidenciais em 2018 durante todo o segundo turno. Ele usou a argumentação da facada, apesar de ter participado de eventos na campanha. A decisão de não enfrentar Haddad é pelo fato do péssimo desempenho que teve nos debates de primeiro turno.

Vale destacar que João Dória tenta se colocar como uma opção da terceira via. Ele pode ser o candidato do PSDB. Ciro Gomes e Lula também já manifestaram que possuem interesse em disputarem às eleições de 2022. O mesmo vale para João Amôedo e o atual presidente.

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Bolsonaro x Dória e Rodrigo Maia

Bolsonaro atacou Rodrigo Maia na live desta quinta. Ele insinuou que o ex-presidente da Câmara passou a defender a causa LGBTQIA+ após se aproximar de Dória. Zombando, afirmou que o deputado licenciado quer “agradar seu patrão”.

“Rodrigo Maia me acusou de gay, mas ele falando e um jegue relinxando é a mesma coisa pra mim. Olha os argumentos dele, eu sou militar, tenho vergonha de sair do armário. Mas veja a coincidência, né? Foi trabalhar com o Dória e se interessou pela pauta LGBT, ele quer agradar seu patrão”, disparou.

O presidente não parou por aí. Ele disse que “ser gay não é crime”. Porém, declarou que era contra o “kit gay”, uma invenção bolsonarista para atacar a esquerda. Vale ressaltar que Bolsonaro e Maia se tornaram inimigos no ano passado.

“Rodrigo Maia, ser gay não é crime. Não vou te acusar porque não é crime. Nós sempre fomos contra aquele negócio de kit gay, que foi criado em 2010”, completou o chefe do Executivo.