Bolsonaro reproduz o que provoca “insegurança” nos EUA, diz Janio de Freitas
Janio de Freitas escreve em sua coluna de domingo (16) na Folha de S.Paulo sobre como Jair Bolsonaro (PL) reproduz as piores práticas dos Estados Unidos.
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Janio de Freitas, Bolsonaro e o pior dos EUA
Ele começa:
“Os americanos estão vivendo um sadomasoquismo nacional com fins imprevisíveis: experimentam as aflições latino-americanas incutidas pelos Estados Unidos por mais de um século. Sem interrupção, sem que um só dos países independentes na região, ou em vias de sê-lo, passasse à história como virgem na violação em massa do direito de conduzir-se”.
Desenvolve:
“Se o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil, como rezava a ditadura militar aqui, o que lá é mau faz aqui o mesmo estrago. Nessa linha, o alto risco a que Bolsonaro e seus seguidores submetem a eleição, em outubro, é uma visão que reproduz bastante o que levou à insegurança do regime americano e se passa na sua dificuldade de resposta à altura”.
E conclui:
“A notícia alvissareira —uma palavra bem velha para um velho fracasso da nossa democracia—, de movimentos empresariais pró-eleição, contém uma advertência: apesar do retrocesso de que o Brasil ou se recupera em poucos anos ou não se recupera mais, ainda é incerta a posição do poder empresarial caso ocorra o que se teme no processo eleitoral deste ano. E incerteza, no caso, não significa equilíbrio das probabilidades.
Assim como militares se vacinarem, seguindo seus inspiradores desenvolvidos, não é afastamento na relação com Bolsonaro. É afastamento da Covid, e olhe lá”.