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Bolsonaro exige que novo ministro da Saúde, substituto de Mandetta, seja contra o aborto

Jair Bolsonaro. (Mauro Pimentel/AFP)

Da Coluna de Bela Megale no Globo.

Não se trata apenas de defender o fim do isolamento social e o uso da cloroquina como as principais bandeiras contra a pandemia do coronavírus. Jair Bolsonaro exige que o próximo ministro da Saúde seja radicalmente contra o aborto.

Ao falar no telefone com o oncologista Nelson Teich, um dos nomes mais fortes para substituir Mandetta, o presidente perguntou se ele é contra o aborto. Ouviu que sim, que era fortemente contra, segundo alidos de Bolsonaro.  

Esse, porém, foi um dos motivos que também levou o presidente do conselho do Hospital Albert Einstein, Claudio Lottemberg, a perder lugar entre os favoritos. Chegou a Bolsonaro uma entrevista que o médico deu há nove anos a Marília Gabriela sobre o tema. Questionado pela apresentadora sobre a legalização do aborto, Lottenberg respondeu: 

– Acho que o aborto não pode ser tratado como tema político, o aborto é uma questão social, é uma questão médica, e não assunto para político ficar debatendo para poder ganhar mais voto.

Como ele não fez uma defesa enfática contra aborto, a resposta desagradou a ala mais radical do bolsonarismo e as reclamações chegaram ao presidente. Perguntado pela coluna sobre seu posicionamento, o médico afirmou ser contra o aborto.

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