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Bolsonaro volta a falar de voto impresso e usa a França como exemplo

Foto de Bolsonaro segurando uma foto de uma urna durante a live semanal na quinta-feira (14).
Bolsonaro enaltece sistema de voto impresso da França. Foto: Reprodução / YouTube

O presidente Jair Bolsonaro (PL) exaltou a França por utilizar a votação ainda em papel. Ele aproveitou a disputa pela presidência da Quinta República francesa entre Marine Le Pen e Emmanuel Macron para parabenizar o país por utilizar o sistema de votação.

“Parabéns à França”, disse Bolsonaro durante a live semanal na última quinta-feira (14), enquanto segurava uma foto que mostra uma urna de vidro cheia de cédulas de papel. “Um país muito mais desenvolvido do que nós votando no papel. Que exemplo para nós brasileiros”, disse o chefe do Executivo, que voltou a insistir no discurso contrário à votação eletrônica.

“Aqui tem um pessoal que fala: ‘meu sistema é inviolável’, mas, quando o Exército apresenta sugestões para aperfeiçoar o sistema, o pessoal carimba ‘confidencial’, diz que não se pode demonstrar tudo que está ali porque algum hacker pode entrar. Então, a urna não é inviolável, é penetrável sim”, disse Bolsonaro, relembrando a participação das Forças Armadas em debates com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bolsonaro diz que Forças Armas “não estão se intrometendo” no TSE

“Tem reunião entre equipe técnica das Forças Armadas e o TSE e espero que haja debate entre técnicos. Temos o Comando de Defesa Cibernética, com militares das três forças, que entendem com profundidade essa questão de guerra cibernética, de internet. Tenho certeza que vamos chegar a bom termo… e, deixar bem claro, as Forças Armadas não estão se intrometendo no TSE. Foi o TSE que convidou as Forças Armadas a participar do sistema eleitoral”, disse o presidente.

“Os votos que são transmitidos para Brasília vão pra uma sala secreta. Uai, meu Deus do céu, a contagem tem que ser pública, mas vai pra uma sala secreta. Que continue indo pra sala secreta, só que o mesmo canal que leva para uma sala secreta vai levar pra outra sala aberta, onde está ali Forças Armadas, a CGU, OAB e mais umas dez entidades que foram convidadas também pelo então presidente TSE, ministro [Luis Roberto] Barroso”, criticou Bolsonaro.

Ele disse ainda que o país tem tudo para fazer eleições “tranquilas”. “Temos tudo para fazer eleições tranquilas, sem problemas, só questões técnicas. Não vai ter voto impresso, voto no papel”, concluiu.

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