Bolsonaro mantém presidente do BB mas deve cortar 5 mil funcionários
Do Estadão:

O presidente do Banco do Brasil, André Brandão, está garantido no posto, mas o pacote bilionário de redução de custos, anunciado na semana passada como uma das primeiras grandes ações de sua gestão, pode sofrer ajustes, apurou o Estadão/Broadcast.
Eventuais mudanças estão sendo discutidas internamente, disseram três fontes, na condição de anonimato, e que descartam a reversão das medidas.
O risco de revisão é monitorado com atenção pelo mercado, que vê em qualquer movimento nesta direção como uma nítida interferência política do governo Bolsonaro no banco, com ações listadas em Bolsa.
(…) O plano de reestruturação do banco prevê, por enquanto, o fechamento de 112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento.
Além disso, 243 agências seriam convertidas em postos de atendimento, 143 unidades de negócios seriam transformadas em Lojas BB (sem guichês de caixa) e ainda haveria relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios e criação de 28 unidades de negócios.
Todo o programa, com previsão de ser completamente implementado no primeiro semestre, deve resultar em uma economia anual líquida de R$ 353 milhões só em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025, sem considerar os planos de desligamentos voluntários, que, na estimativa do BB, devem gerar o corte de 5 mil pessoas.
Com as medidas, o banco pretende ter uma atuação mais focada no público digitalizado e espera atrair de 5,5 milhões de novos clientes digitais em 2021, repetindo o mesmo feito do ano passado. Hoje, são 22 milhões.
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