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Bolsonaro tentará “melar o jogo democrático”, diz Miriam Leitão

Veja Miriam Leitão
 TV Globo/GNews/Reprodução

A jornalista Miriam Leitão fez mais uma coluna no Globo para criticar Jair Bolsonaro (PL). O presidente vai ser alvo da jornalista da Globo desde o começo de 2022.

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O que disse Miriam Leitão?

Ela começa:

“O novo ano começa com a esperança de que o tormento do pior governo da nossa história chegue ao fim e a previsão de que a economia nos manterá em terreno árido. O ano passado nos deu uma certeza pelo avesso, a de que o Brasil, colocado no extremo de um presidente sem compaixão e sem capacidade administrativa, consegue governar a si mesmo. O país desenvolveu vacinas, se vacinou, criou consórcio de governadores, manteve-se informado, enfrentou ameaças de golpe, investigou os crimes do governo na pandemia, produziu cultura e montou uma rede de solidariedade para o combate à fome e às tragédias. Na crise aguda da falta de oxigênio em Manaus, a sociedade tentou ajudar”.

Desenvolve:

“É resistência que se chama. O país resistiu de inúmeras formas ao descalabro que tem sido Bolsonaro no comando. O presidente apostou no pior, jogou no conflito, investiu em pautas nefastas. Mas o saldo do ano passado é positivo, principalmente porque o socorro veio da ciência. Nos institutos brasileiros de produção de vacinas trabalhou-se duramente. Brasileiros em centros internacionais conectaram o país nas redes de desenvolvimento da imunização. O Sistema Único de Saúde venceu um ministro general que dizia não saber o que era o SUS, e um ministro sabujo que até o último dia do ano tentava retardar a vacinação de crianças. O governo foi sórdido. A sociedade resistiu. Com alta taxa de vacinação, os brasileiros aguardam a onda ômicrom mais seguros, mas ainda vigilantes”.

E conclui:

“Este ano é de travessia. É grande a chance de encerrarmos o governo deletério que deveria ter sido encurtado por impeachment. Nenhuma outra administração mereceu tanto o remédio do impedimento. Mas para que futuro iremos neste ano do nosso bicentenário? O Brasil nos últimos anos pareceu um coração com a artéria principal entupida e que criou atalhos para a circulação do sangue e a sobrevivência. Nesses caminhos alternativos o país foi ficando independente do próprio governo. Essa capacidade de resistência será testada em 2022, porque a natureza deste governo é antidemocrática. Bolsonaro tentará, como fez Donald Trump, melar o jogo democrático. Será preciso estar, como diz a minha geração, atento e forte”.

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