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Bolsonaro: “Não é a imprensa nem o Supremo que vão me dar limite. Vão catar coquinho”

Do deputado Jair Bolsonaro à Folha, em entrevista sobre sua “visão de país”:

Acha construtivo adotar um discurso violento?
Você não combate violência com amor, combate com porrada, pô. Se bandido tem pistola, [a gente] tem que ter fuzil.

O sr. não teme ser punido?
Por que seria? Eu tenho imunidade para quê? Sou civil e penalmente inimputável por qualquer palavra. Posso falar o que bem entender, isso é democracia. Já dei soco em alguém, dei tiro, dei coice?

Mas é réu por incitação ao crime de estupro e injúria.
Não vou discutir. Não é a imprensa nem o Supremo que vão falar o que é limite pra mim. Vão catar coquinho, não vou arredar em nada, não me arrependo de nada que falei.

(…)

Foram fazer um escracho na minha casa e ameaçaram entrar. Eu falei: “Se entrarem, não sairão”. Agora o Ministério Público quer saber o que é “não sairão”. É atirar neles. Não, “não sairão” é dar cafezinho, água gelada.

Tenho três armas e muito cartucho. Ia embalar e dar balinha para chupar. Entra na minha casa, estupra minha mulher, fode a minha filha, e eu tenho que bater palmas para liberdade de expressão?

Por isso que essa porra desse país está nessa merda aí. E por isso que o pessoal gosta de mim. Eu não estou maluco! E vocês, né, de esquerda, jornalista de esquerda está cheio, né? Vocês estão cavando a própria sepultura.