Bolsonaro ofereceu cargo com salário de R$ 60 mil para Santos Cruz deixar o governo
Da Veja:

Foto: Alan Santos/PR
O general Carlos Alberto Santos Cruz, que deixou a Secretaria de Governo no ano passado, passou por um processo de “convencimento”.
No caso dele, a permanência na pasta era tida como inviável, dado o altíssimo nível de animosidade que rondava o seu gabinete.
A solução, então, foi encontrar um jeito de acomodar o militar e evitar que o fogo cruzado continuasse. Também não deu certo.
No dia 13 de junho do ano passado, o general Augusto Heleno, braço-direito de Bolsonaro e chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), entrou no gabinete de Santos Cruz dizendo que o presidente estava lhe chamando.
Estranhando o contato, já que o clima entre os dois, àquela altura, já estava péssimo, ele perguntou o motivo.
Heleno antecipou: o presidente lhe ofereceria o comando do Sesi (sim, o tal Sistema ‘S’ que Paulo Guedes iria aniquilar). O salário no órgão chega a quase 60.000 reais. Santos Cruz entendeu o recado: queriam criar algum tipo de saída honrosa para ele.
O general, então, foi até a sala de Bolsonaro, parou na porta e foi direto: “Olha aqui, ó. Vamos facilitar as coisas, estou de saída. Tchau”.
Sua exoneração foi oficializada no dia seguinte, e ele se recusou a assumir qualquer cargo.
Santos Cruz acabou demitido após entrar em colisão com a chamada ala ideológica do governo.
(…)