Bolsonaro optou por cobertura de apenas 10% da população em aliança mundial de vacinas

Da coluna de Jamil Chade no UOL:
O governo brasileiro optou pela menor cobertura possível na aliança mundial de vacinas, a Covax. A iniciativa dava a possibilidade para que governos fizessem uma solicitação de vacinas que poderia atender de 10% a 50% da população dos países. Mas o Brasil optou por solicitar a menor taxa de cobertura permitida, de 10% dos brasileiros.
A coluna questionou o Ministério da Saúde sobre o motivo pelo qual a taxa mínima de cobertura havia sido escolhida. Segundo a pasta, existiria a possibilidade de que mais vacinas sejam adquiridas. “O ministério optou por assegurar o mínimo de 10%, mas é importante ressaltar que, conforme previsto no contrato de adesão, a pasta pode adquirir mais vacinas junto aos laboratórios que integram a aliança”, disse o Ministério.
A coluna apurou, em Genebra, que não há nem uma previsão e nem uma avaliação sobre qual poderia ser a demanda extra do governo. Além disso, a Covax terá de, primeiro, atender aos demais contratos já assinados, antes de eventualmente abastecer um novo e eventual pedido do Brasil. Lançada em abril, a aliança foi estabelecida como uma forma de garantir que os países em desenvolvimento pudessem ter acesso às vacinas e que os produtos não ficassem apenas nas mãos dos países ricos. Em média, governos têm solicitado uma cobertura que varia entre 17% e 20% de suas populações.
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