Bolsonaro quer novo Villas Bôas no Exército e Pujol é uma “pedra no sapato”, dizem generais
Da Coluna de Andréia Sadi no G1:

Generais do Exército —da ativa e da reserva— ouvidos pelo blog desde ontem concordam que o presidente Bolsonaro quer fazer uso político das Forças Armadas —e que o general Edson Pujol, comandante do Exército, era uma “pedra no sapato” nesses planos do presidente.
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, tentava blindar o comandante do Exército ao mesmo tempo em que se mantinha leal ao presidente Bolsonaro.
Entre as “missões”’ que o presidente gostaria que o general Fernando sinalizasse e que Pujol estivesse alinhado, estão “recados de apoio” nas redes sociais defendendo medidas da pandemia criticadas pelo governo, por exemplo, na área da segurança pública.
Segundo o blog apurou, Pujol deixou claro desde o começo que não faria nenhum gesto ao Executivo. Pior: irritou Bolsonaro quando, durante uma visita do presidente ao Sul, recusou-se a dar a mão para cumprimentá-lo, oferecendo o cotovelo, por medida de segurança contra a Covid.
Mas a situação entre Bolsonaro e Pujol foi ficando insustentável nas últimas semanas, quando o presidente passou a cobrar postagens nas redes sociais de defesa do governo tanto do general Fernando quanto do comandante do Exército.
Nas palavras de um interlocutor dos militares, “um perfil parecido com o de Villas Bôas”, ex-comandante do Exército que, apesar de respeitado entre os militares, foi duramente criticado por colegas nas Forças Armadas, políticos e STF por ter postado nas redes sociais, na véspera do julgamento de Lula, em 2019, uma mensagem em tom de ameaça de ruptura institucional.
(…)
.x.x.x.
LEIA TAMBÉM: Bolsonaro pediu a cabeça de Pujol por recusa em se manifestar contra decisão do STF sobre Lula