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Bolsonaro quer turbinar poderes de secretário que comandou o fim da aposentadoria no país

Do Correio Braziliense

Brasília – O Relator da Reforma trabalhista, Rogério Marinho durante a audiência pública na Comissão Especial sobre a Reforma Trabalhista (PL 6.787/16) (Wilson Dias/Agência Brasil)

Nos quadrinhos e nas telonas do cinema, o Capitão América, alter-ego de Steve Rodgers, é um popular super-herói nascido de um projeto para criação de super-soldados. Na vida real, em termos políticos, a analogia está sendo posta em prática pelo governo federal. O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalham juntos para ampliar os poderes do secretário especial de Previdência e Trabalho da equipe econômica, Rogério Marinho. A ideia é dar a ele mais atribuições, tornando-o um “super secretário”.

O tema é tratado com discrição dentro do Palácio do Planalto e do Ministério da Economia. Bolsonaro e Guedes se convenceram de que, depois das articulações conduzidas por Marinho durante a votação da reforma da Previdência na Comissão Especial e no Plenário, ele tem qualificações necessárias para continuar promovendo a costura político-econômica de reformas prioritárias da pasta. Estará no radar dele depois da aprovação em segundo turno da reforma da Previdência a reforma tributária e a desoneração das folhas de pagamento.

A proposta é um desejo de todos na alta cúpula do governo. E tem o aval dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que fazem boa avaliação. Na prática, será feita uma reestruturação, que dará a ele mais atribuições e direito a ampliar a equipe técnica que, atualmente, o acompanha. Marinho continuaria a par das discussões técnicas, mas, com uma equipe maior, teria mais liberdade para focar na articulação, diz ao Blog um interlocutor de Guedes. “Vai ser algo impactante. Ele assumirá um papel ainda maior. Uma espécie de ‘secretário das reformas econômicas’”, explica.

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