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Bolsonaro retira poder de Guedes no orçamento e fica exposto a impeachment

O presidente, Jair Bolsonaro (PSL), e o economista Paulo Guedes (TV Globo/Reprodução – Daniel Ramalho/AFP)

Da Coluna Painel de Camila Mattoso na Folha de S.Paulo.

A decisão de retirar competências na execução do Orçamento do Ministério da Economia e concentrá-las na Presidência da República, feita por meio de decreto na terça (3), deixa Jair Bolsonaro mais exposto a questionamentos sobre o cumprimento de normas fiscais, avaliam parlamentares e técnicos. Não é pouca coisa: a justificativa para o impeachment de Dilma Rousseff foi o remanejamento ilegal de despesas. A medida, por outro lado, dá poder à ala política do governo.

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No Legislativo, a medida foi lida como ganho dos militares e uma perda do superministro Paulo Guedes.

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Na Economia, a versão é que a retirada foi pedida pelos próprios técnicos da pasta, inseguros sobre como operar o novo Orçamento impositivo.

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O estado de Goiás, governado por Ronaldo Caiado (DEM), já enviou pedido ao Supremo para estender os efeitos da liminar que evitam o pagamento de parcelas de sua dívida com a União. A decisão perde a validade no início de abril. Goiás deixou de pagar R$ 804 milhões ao governo federal até dezembro.

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