Bolsonaro revive gabinete do ódio para se proteger de críticas nas redes
Do UOL:

Incomodado com críticas que vêm recebendo pela demora quanto ao início da vacinação contra a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) resgatou na última semana um velho conhecido dentro do governo: o “gabinete do ódio”.
Sob orientação dos assessores que compõem o grupo, o governante voltou a fazer da saída do Palácio da Alvorada uma vitrine declaratória, criou um canal de divulgação de informações no Telegram e mirou em alvos como o jornalista William Bonner, o casal de apresentadores Luciano Huck e Angélica, e o youtuber Felipe Neto.
O gabinete do ódio ficou conhecido em 2019 e acumulou nos últimos anos episódios relacionados a ataques e disseminação de fake news. Ele é composto por assessores que buscam impulsionar a imagem do governante na internet de uma forma menos oficiosa, e mais informal —muitas vezes com memes, vídeos e imagens que se espalham nas redes por meio de correntes virais.
Logo depois que retornou da folga de Réveillon, Bolsonaro reuniu os seus subordinados e decidiu realizar mudanças em sua estratégia de comunicação pessoal. Isso ocorreu por dois motivos. Em primeiro lugar, porque o presidente considera que está em desvantagem no “jogo da opinião pública” e está “apanhando muito”, conforme relataram auxiliares ouvidos pelo UOL.
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