Boulos: elite é ‘apaixonada pela desigualdade social’
De Guilherme Boulos, na folha:
Apaixonada pela desigualdade social, a elite brasileira sempre defendeu uma noção muito curiosa de “progresso”: queria ser europeia nas artes e costumes, mas servida eternamente por escravos negros, domesticados e evangelizados.
E, mesmo depois da abolição tardia, seguiu criminalizando atividades como a capoeira (proibida por lei até 1937), o samba e as práticas religiosas de matriz africana. O batuque sempre amedrontou a elite branca do Brasil.