Brasil pode sofrer apagões a partir de novembro

Foto: Reprodução/ Twitter
As chances de apagões a partir de novembro são grandes. Pelo menos é essa a projeção de executivos do setor elétrico e representantes da ONS. Em reunião que ocorreu quinta (16), eles deram mais detalhes. No pior cenário da crise hídrica, podem faltar 1,4 Gigawatts (GW) de potência em algum momento de pico. O que não iria cobrir a demanda energética do país.
O lado positivo é que o risco de apagões caiu em comparação com a projeção de maio. Na época, era projetado o déficit de 12,7 GW para novembro em momentos de pico, segundo o site Metrópoles.
“Existem alternativas para que não falte energia em novembro. Um déficit de 1,4 GW seria o pior cenário. Não há preocupação com racionamento, mas com apagões. Todos os esforços estão sendo feitos para que isso não aconteça”, afirmou um participante da reunião.
Não há qualquer dimensão de apagões que podem acontecer pela falta de 1,4 GW, dizem especialistas. Na quinta, o Sudeste consumiu 47,2 GW (às 19h06) no horário de pico, segundo o NOS.
“Se a geração for menor do que a carga, a frequência cai. Mas se além disso você perder uma linha de transmissão, outra usina, você pode ter um apagão e a dimensão depende da perda de transmissão que você tiver”, explicou Luiz Eduardo Barata Ferreira, ex-diretor-geral do ONS.
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Apagões por falta de chuva e pela não agilidade de Bolsonaro
O país vive a maior falta de chuvas dos últimos 91 anos, diz o Ministério de Minas e Energia. O que prejudicou os reservatórios de hidrelétricas, o que diminuiu o poder de geração de energia. Em Ilha Solteira, maior hidrelétrica de São Paulo, o volume morto está sendo usado.
Como de costume, o governo Bolsonaro demorou para agir. Apenas em maio todas as usinas termelétricas foram acionadas. Especialistas garantem que isso poderia ter sido feito bem antes.