Brasil ‘caminha a duas velocidades’ de internet, diz estudo
Problemas de infraestrutura e falta de familiaridade dos usuários fazem do Brasil um país que caminha “a duas velocidades” de internet, segundo dados apresentados nesta quarta-feira pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Das zonas urbanas para as rurais, os níveis de conectividade à rede caem “dramaticamente”, observou o especialista do BID para o tema, Antonio García Zaballos, em entrevista à BBC Brasil.
O BID apresentou nesta quarta-feira o seu projeto DigiLAC (iadb.org/digilac), um site que disponibiliza informações como acesso à internet, banda larga e outros dados sobre infraestrutura para mais 15 mil municípios da América Latina e Caribe.
O projeto contém um novo indicador, o Índice de Desenvolvimento de Banda Larga, que ordena os 26 países da região segundo 37 fatores que favorecem a penetração de banda larga, como infraestrutura de internet, legislação e visão estratégica sobre o tema, e usos e conhecimento por parte dos usuários.
O Brasil aparece em 3º lugar no ranking latino-americano, obtendo um total de 5,32 pontos em uma escala que vai de 1 (menos desenvolvido) a 8 (mais desenvolvido). Fica atrás do Chile (5,57) e de Barbados (5,47). A nota média latino-americana é 4,37.
Entretanto, García Zaballos adverte que “não nos enganemos” com as posições relativas dos países na América Latina, uma região que, como conjunto, ainda está “muito atrás dos países desenvolvidos” em termos de acesso à banda larga.
Para efeitos de comparação, o BID analisou um total de 63 países do mundo.
Na comparação global, o Chile, primeiro do ranking latino-americano, cai para a posição número 26. O Brasil, terceiro na região, fica em 30º. Os líderes são Suécia, Coreia do Sul e Islândia, que pontuam acima de 7 pontos na escala de zero a 8.
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