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Brasil de Bolsonaro: Sem poder de compra, brasileiros abandonam botijão e voltam a usar lenha

Bolsonaro (Foto: REUTERS/Andressa Anholete)

Os brasileiros usaram 24 milhões de toneladas de lenha como fonte de energia nas residências em 2021. É o maior patamar desde 2009, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética.

No ano passado, a fonte representou 26% da matriz energética residencial. Só ficou atrás da eletricidade (45,4%). O GLP ou “gás de cozinha” representou 23% do total.

A trajetória de crescimento da lenha acompanha a redução do uso do GLP. “Em condições econômicas ideais, o espaço ocupado pela lenha deveria ser ocupado pelo gás. O que houve a partir de 2016 foi, exatamente, a substituição do gás pela lenha”, afirma o coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, William Nozaki.

Os dados mostram que o uso da lenha estava em declínio entre 2007 e 2013. Nos anos seguintes, a fonte voltou a crescer em números absolutos. Teve seu maior aumento em 2018, de 12% na comparação com o ano anterior, diz o PoderData.

Nozaki destaca o ano de 2016 porque foi quando a Petrobras equiparou os preços praticados no mercado interno aos do exterior, por meio de sua política de preço de paridade internacional (PPI). Com reajustes menos frequentes que o diesel e gasolina, o PPI também elevou o preço do botijão. Foi nesse período que a lenha voltou a ser mais usada que o gás de cozinha na matriz residencial.

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