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Brasil: Inflação no atacado ultrapassa 40% e é a 2a pior do mundo, atrás só da Argentina

(Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Da CNN Brasil:

A indústria e o varejo brasileiro estão enfrentando não só um dos piores choques de preços desde o fim da hiperinflação, nos anos de 1990, como também um dos piores do mundo. Na base do problema, estão aumentos expressivos que alimentos, petróleo e minério começaram a ter no mercado global e que, no Brasil, acabaram ainda maiores pela conversão de seus preços em dólar para o real, já que a cotação da moeda norte-americana também não para de subir.

O resultado são produtos básicos disparando no país e puxando o custo de muita coisa para cima. A lista inclui soja, trigo, milho, petróleo, açúcar, minério de ferro, chapas de aço, insumos químicos e farmacêuticos e mais uma fila longa de itens. Eles estão na base de boa parte de tudo que chega à indústria e aos consumidores, e por isso tem muita coisa subindo de preço. O petróleo, por exemplo, além de ser a matéria-prima da gasolina e do diesel, é base para uma diversidade de produtos que inclui asfalto, borrachas, solventes, defensivos agrícolas, tudo o que é de plástico e até roupas, quando feitas de tecidos sintéticos como poliéster e viscose.

O açúcar mais caro faz encarecer também o etanol. A soja e o milho, além do óleo e da espiga, são a base das rações que alimentam frangos, suínos e bovinos, o que faz com que as carnes que compramos encareçam também. O minério de ferro, por sua vez, vai parar nas vigas e chapas de aço que sustentam toda a construção civil e formam o corpo de carros, fogões, geladeiras e máquinas de lavar.

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