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Brasil não impõe restrições a quem vem do Reino Unido, onde coronavírus sofreu mutação

Bandeira do Reino Unido. Foto: LaertesCTB/Flickr/Creative Commons

De Luis Barrucho na BBC Brasil.

“Ninguém se importa com o coronavírus aqui. Tudo parece normal”, diz Peter (nome fictício) sobre a pandemia de covid-19 no Brasil. “Estou feliz de ter viajado. Não sei se quero voltar, porque agora o Reino Unido está isolado do mundo”, acrescenta.

Peter, que mora em Londres e diz já ter contraído covid-19, falou com a reportagem da BBC News Brasil sob condição de anonimato. Ele viajou ao Brasil de férias para o período de festas com outros seis amigos.

“Mas seremos 10 ou mais, porque amigos de amigos dos Estados Unidos também estão vindo”, diz ele, ignorando os riscos de transmissão da doença. “Não estou com medo”.

No último sábado (19/12), o Reino Unido anunciou a descoberta de uma nova variante do coronavírus mais infecciosa e “fora de controle”, segundo o ministro da Saúde britânico Matt Hancock.

Também no sábado, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, surpreendeu a população decretando rigoroso lockdown imediato nas regiões sul e sudeste da Inglaterra, incluindo a capital, Londres, e em todo o País de Gales.

As restrições, que afetam mais de 20 milhões de pessoas, impedem familiares e amigos que moram em diferentes residências de celebrar o Natal juntos. Segundo as autoridades britânicas as medidas são necessárias para controlar o novo vírus que tem poder de transmissão 70% maior.

O anúncio levou governos de países europeus a cancelarem voos para o Reino Unido. A França também proibiu a entrada em seu território de caminhões e outros veículos que tenham circulado recentemente no Reino Unido.

Até o momento, o Brasil ainda não tomou medida semelhante e continua a receber voos do Reino Unido.

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