Brasil suspende Boeing 737 Max 9 no país após voo com “porta aberta” nos EUA

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou neste domingo (7), a suspensão imediata do uso da aeronave Boeing 737 Max 9 no Brasil, em conformidade com a decisão das autoridades dos Estados Unidos após um incidente com uma aeronave da Alaska Airways em que um buraco na estrutura do avião deu a sensação de que o voo ocorreu com a “porta aberta”.

O ocorrido, que resultou em danos à fuselagem e ferimentos a um tripulante, levou a Copa Airlines, única operadora do modelo em voos internacionais no Brasil, a suspender temporariamente as atividades com a aeronave para revisão técnica. A empresa panamenha opera no Aeroporto Internacional de Guarulhos e no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro.

A Copa Airlines informou que inspeções técnicas já estão em andamento, esperando retomar as operações de forma segura e confiável nas próximas 24 horas. Apesar de alguns voos da empresa apresentarem cancelamentos, a companhia trabalha para minimizar o impacto nos passageiros brasileiros, embora a possibilidade de atrasos e cancelamentos seja esperada.

Essa decisão representa mais um contratempo para a Boeing, que enfrenta desafios relacionados a defeitos de fabricação e custosos reparos nos últimos anos. A suspensão do 737 Max 9 é uma medida significativa, marcando a resposta mais severa a um incidente desde a retirada temporária de toda a frota de aeronaves Max em 2019, após dois acidentes fatais.

O 737 Max é o modelo mais popular da Boeing, sendo uma fonte significativa de receitas. Essa ação afeta aproximadamente 171 aviões, conforme comunicado da FAA. A Alaska Airways, segunda maior operadora mundial do modelo, já suspendeu a frota dos 737 Max 9, enquanto a United Airlines, principal operadora com 78 unidades, retirou alguns jatos de serviço para inspeções após o incidente de sexta-feira.

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