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Sob pressão no Brasil, Telegram tem outra postura na Alemanha; Saiba qual

A imagem do Telegram
Telegram. Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP

Telegram, aplicativo de mensagens concorrente do WhatsApp, resolveu cumprir a lei na Alemanha. No Brasil, a empresa ainda insiste em não obedecer às determinações.

Quem conta sobre o aplicativo é Ronaldo Lemos, advogado especialista e tecnologia, na Folha de S.Paulo: “O aplicativo Telegram tem cerca de 600 milhões de usuários espalhados pelo mundo. Apesar disso, ignora solenemente as leis dos países em que opera, como se viesse de outro planeta.

Isso acontece mesmo com os frequentes alertas de várias entidades que apontam o aplicativo como uma plataforma que abriga terrorismo, tráfico de armas, drogas, pedofilia, campanhas de desinformação e de radicalização extremista.

No Brasil, por exemplo, onde tem 50 milhões de usuários, a rede descumpre há seis meses uma ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) e se recusa a estabelecer qualquer contato com as autoridades do país”.

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O que o Telegram fez?

“O aplicativo vinha tendo a mesma postura também com a Alemanha, recusando ter qualquer contato. Lá, tornou-se a plataforma usada para a organização de atentados e de ações de grupos extremistas. Há poucos dias, no entanto, mudou de postura.

Apesar de ter apenas oito milhões de usuários no país europeu, na semana passada teve seu momento de ‘apareceu a margarida!’. Os executivos da empresa tiveram um encontro oficial com a ministra do Interior, Nancy Faeser, que foi descrito como ‘produtivo’.

O Telegram bloqueou, logo na sequência, 64 canais usados por extremistas, atendendo finalmente a um pedido formal da Polícia Federal alemã. Em outras palavras, o aplicativo olhou para a Alemanha e julgou que o país fosse importante o suficiente para que seus executivos descessem do pedestal —fora do alcance– onde fingem habitar.

No Brasil, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vem tentando contato há meses com esses mesmos executivos, sem qualquer sucesso. Essa mudança de postura no país europeu abre um novo caminho de atuação para o Brasil. O TSE deveria, desde já, iniciar um processo de consulta formal com a Alemanha a respeito desse assunto que é de mútuo interesse”.

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