Brasileira que morreu na guerra da Ucrânia era atiradora de elite e modelo

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A brasileira Thalita do Valle, de 39 anos, que morreu na guerra na Ucrânia do último sábado (2), era atiradora de elite, modelo, atriz, socorrista, estudante de direito e ativista da causa animal. Em defesa das tropas ucranianas, ela estava em um bunker na cidade de Kharkiv.
Além de Thalita, o ex-militar Douglas Búrigo, de 40 anos, também foi atingido pelo bombardeio após voltar ao local para resgatá-la.
A brasileira já havia lutado em outras guerras. Há três anos, ela lutou contra o Estado Islâmico no Iraque, Curdistão iraquiano e Curdistão Sírio. Segundo informou a família de Thalita ao UOL, no país ela recebeu treinamento para se tornar atiradora de elite e fazer parte de um grupo chamado “Peshmerga”.

Thalita estava na Ucrânia há três semanas e de acordo com o irmão tinha como principal função resgatar pessoas, depois protegê-las e dar cobertura como atiradora de precisão.
Inicialmente, ela foi para a Polônia para ajudar pessoas a deixarem o país em guerra. Mas resolveu seguir para Kiev, onde procurou a família 48 horas após o ataque. O irmão contou que o contato entre eles era breve, pois, segundo a brasileira, os telefones eram monitorados por drones russos.
A última vez que Thalita conversou com a família foi em 27 de junho, quando ela estava a caminho de Kharkiv, onde morreu.

Natural de São Paulo, ela atuava em ONGs de proteção animal e fazia parte de um grupo que lutava em defesa de cães da raça pitbull.
Além das guerras, a brasileira também enfrentou outro cenário trágico. Em 2015, ela atuou junto com uma equipe de socorristas em Mariana, quando uma barragem se rompeu e 19 pessoas morreram. Ela também foi socorrista no acidente em Brumadinho, que registrou 270 óbitos.





