Brasileira que vive em Wuhan não sai de casa há uma semana: ‘é como se fosse prisão domiciliar’

Do UOL:
Reisi Liao mudou-se em novembro para a cidade em que, hoje, 11 milhões estão em quarentena. Há uma semana praticamente não sai de casa e, com um bebê dois anos, evita inclusive descer para as áreas comuns do condomínio para manter o filho longe do vírus que já matou mais de 100 pessoas na China.
A paraense Reisi Liao mudou-se de Novo Progresso para a cidade chinesa de Wuhan no dia 8 de novembro. Seu marido é natural da Província de Hubei e, depois muitos anos de idas e vindas, o casal decidiu ficar definitivamente na China por causa da “incerteza” que ronda o Brasil, da “instabilidade do governo e da economia, que não vai tão bem”, segundo ela.
“E a gente encontra esse cenário”, diz ela, referindo-se à epidemia de coronavírus, que matou cem pessoas apenas na Província de Hubei e provocou o fechamento da cidade de Wuhan, considerada o epicentro da contaminação.
Há seis dias, Wuhan vive em uma espécie de quarentena. Não se pode entrar ou sair da cidade, o transporte público parou de circular, as aulas nas escolas e na universidade foram suspensas.(…) “É como se fosse uma prisão domiciliar.”
(…)