Brasileiro voluntário na Ucrânia desabafa após perder amigos na guerra: “Realidade cruel”

Em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, a família de Patrick José Gonçalves vive a angústia de acompanhar à distância a rotina do jovem, que desde abril atua como voluntário no exército da Ucrânia. O sargento de 28 anos, com experiência no Exército Brasileiro e passagem pela Legião Francesa, decidiu integrar as forças ucranianas em meio à guerra contra a Rússia.

Patrick contou que sua motivação foi apoiar a população ucraniana diante da invasão russa. “A minha maior motivação para entrar no exército ucraniano foi ajudar a Ucrânia e o povo ucraniano em si a se libertar dessa injustiça que a Rússia vem fazendo com eles aqui”, afirmou em entrevista.

Apesar da experiência militar, ele admite que a realidade dos combates é dura e já perdeu três companheiros, dois colombianos e um brasileiro, durante a guerra. Em vídeos enviados à família, ele mostrou parte do cenário devastado onde vive. Ele descreveu casas destruídas por bombardeios e contou que muitos civis tiveram de abandonar tudo às pressas.

Em meio ao ambiente hostil, usa chamadas de vídeo para diminuir a distância dos pais e dos irmãos. “A saudade é grande, especialmente da minha mãe e do meu pai. Eu acredito que devo voltar entre janeiro e fevereiro, mas vai ser uma passagem curta pelo Brasil. Depois eu retorno à Ucrânia”, disse.