Bretas tem 5 dias para explicar operação contra advogados, ordena Gilmar

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu o prazo de cinco dias para o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, explicar a autorização concedida para que fosse deflagrada a operação E$quema S, que mirou os advogados Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Ana Tereza Basilio, que atua para Wilson Witzel e Frederick Wassef — que prestou serviços para a família do presidente Jair Bolsonaro.
No dia 9 de setembro, mesmo dia em que a operação foi deflagrada, Bretas aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público e tornou Zanin e Tereza réus no âmbito das investigações. Os defensores são acusados de criar uma organização criminosa para desviar recursos de empresas do Sistema S, que abrangem o Sesi, Senac e Senai.
As irregularidades, de acordo com o Ministério Público, teriam gerado prejuízos de R$ 151 milhões. Os investigadores afirmam que escritórios de advocacia eram contratados pela Fecomércio, de maneira que se evitava a fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) e do conselho fiscal do grupo empresarial.
(…) Os advogados acusam Bretas de perseguição política. Zanin afirma que revelou falhas e ilegalidade da Lava-Jato, conduzida por Bretas no Rio e, por isso, estaria sendo alvo de retaliação. O defensor do ex-presidente Lula afirma ter comprovação de todos os serviços prestados.
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