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Butantan acusa Saúde de omitir fatos e responsabilidade por atraso na produção de vacina

Do UOL

Pessoa segura caixa da Coronavac, vacina contra a Covid-19, em frente à sede do Instituto Butantan em São Paulo. — Foto: Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo

O Instituto Butantan rebateu na noite desta quinta-feira, 18, a informação divulgada pelo Ministério da Saúde de que haverá dificuldade em manter o cronograma inicial de vacinação contra a covid-19 pelo fato de o órgão entregar apenas 30% das doses contratadas para fevereiro. “O Ministério da Saúde omite e ignora fatos em seu comunicado oficial. Deixa de informar que, como é de conhecimento público, o desgaste diplomático causado pelo governo brasileiro em relação à China provocou atrasos no envio da matéria-prima necessária para a produção da vacina”, afirma o Instituto por meio de nota, destacando que não houve qualquer empenho da União na liberação dos insumos junto ao governo chinês. “A autorização para envio da matéria-prima só ocorreu após intervenções feitas pelo Governo de São Paulo.”

Mais cedo, o Ministério da Saúde informou ter sido comunicado que receberia apenas 2,7 milhões das 9,3 milhões de doses da Coronavac previstas para entrega em fevereiro, o que deve atrasar o cronograma de imunização previsto pela Pasta.

“É inacreditável que o Ministério da Saúde queira atribuir ao Butantan a responsabilidade pela sua completa falta de planejamento, que acarretou a falta de vacinas para a população em diversos municípios do País”, diz o Instituto do governo do Estado de São Paulo.

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