Apoie o DCM

“Cadáveres para fazer política”, diz Guedes sobre pessoas que recebem auxílio emergencial

Paulo Guedes. Foto: Carl de Souza/AFP

Em entrevista de capa à revista Veja, que chega às bancas nesta sexta-feira (18), o ministro Paulo Guedes mostra seu rancor pelas assistências políticas durante a pandemia, que ele fala como algo que ocorreu no passado, mesmo com o Brasil estando prestes a alcançar 185 mil mortes coronavírus .

O ministro cita uma frase que teria sido dita pelo presidente Jair Bolsonaro para justificar o fim do auxílio emergencial, demonstrando que o benefício ficou no passado: “O presidente tomou uma decisão. Em vez de furar o teto e desestabilizar o Brasil, ele disse: ‘Eu não sou um populista. Entendo que o auxílio emergencial foi uma resposta à pandemia. Então, se a pandemia foi embora, acabou o auxílio emergencial. Ponto’. Ninguém fala mais nisso”, disse Guedes.

Guedes afirma, em frase solta no meio da entrevista, que para ele, o “auxílio emergencial foi para a pandemia”, e faz uma comparação estranha ao relacionar o benefício a “cadáveres para fazer política e fingir que a pandemia está aí”, afirmando que o auxílio seria apenas um motivo para as pessoas poderem “pegar a grana do governo”.

“A minha posição sempre foi: o auxílio emergencial foi para a pandemia. Não vamos subir cadáveres para fazer política e para fingir que a pandemia está aí, que voltou só para poder pegar a grana do governo. Não vamos fazer isso, porque é um ataque às futuras gerações. É uma irresponsabilidade”, disse.