Cadeira cheia de roupa não é sinal de bagunça ou preguiça, segundo especialista

Você já se perguntou por que a cadeira cheia de roupas no seu quarto nunca parece ter fim? Embora muitas vezes associemos esse hábito à desorganização, ele pode ter explicações mais profundas e sutis. A psicóloga espanhola Leticia Martín Enjuto, especializada em psicologia clínica e bem-estar emocional, explica que esse fenômeno é um clássico do cotidiano.

O que muitos veem como desordem é, na verdade, um “estacionamento temporário” para itens em transição. Além da praticidade, esse comportamento pode refletir decisões conscientes sobre onde alocar a energia no dia a dia. A especialista destaca que, em uma rotina cheia de demandas urgentes, tarefas aparentemente simples, como guardar roupas, acabam sendo deixadas de lado.

Outro fator importante é o cansaço mental. Após um dia intenso, gestos simples, como dobrar ou pendurar roupas, podem parecer tarefas desproporcionais. Deixar as roupas na cadeira pode ser uma forma de economizar energia e priorizar o descanso.

Pesquisadores de Harvard apontam que hábitos cotidianos aparentemente triviais, como esses, são importantes para o gerenciamento do estresse e para o bem-estar emocional. Embora esse hábito seja comum, especialistas alertam que, quando a pilha de roupas se torna constante e começa a interferir na rotina, pode ser um sinal de procrastinação.