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Câmara do Rio apagou registros dos visitantes na época em que Marielle foi assassinada

Da Veja:

Marielle Franco. Foto: Wikimedia Commons

Três anos depois dos brutais assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro informou que não existem registros dos visitantes que estiveram na Casa Legislativa municipal entre janeiro de 2017, quando Marielle assumiu seu mandato, e março de 2018, mês em que ela foi vítima de uma emboscada no Centro do Rio de Janeiro.

Neste domingo, 14, o crime completa três anos sem apontar os mandantes e intermediários das mortes, tampouco a motivação do duplo homicídio. A polícia trabalha com a tese de um complô entre mandantes e intermediários do crime. A hipótese de motivação seria uma possível vingança contra o PSOL, legenda da parlamentar.

A documentação sobre presenças na Câmara foi solicitada por VEJA por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) no mês passado, e a resposta sobre o apagamento integral dos arquivos veio na última terça-feira, 9.

Os dados, que são públicos e que deveriam estar à disposição de quem os solicite, mostram a foto, número de documento e para onde, exatamente, cada visitante da Câmara dos Vereadores se deslocou – segundo a reportagem apurou, a maior parte se dirige a gabinetes de parlamentares.

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