Camila Pitanga e Fábio Assunção criticam PRF e pedem justiça por Genivaldo

Imagem: Cristiano Siqueira
A atriz Camila Pitanga e o ator Fábio Assunção criticaram a ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que matou por asfixiamento um homem de 38 anos, em Sergipe. Genivaldo de Jesus Santos morreu após ser preso dentro de uma viatura com gás.
“É muito difícil falar sobre a barbárie que estamos vivendo se repetindo tantas e tantas vezes. Como ler que Genivaldo de Jesus Santos foi morto por autoridades dentro de uma ‘câmara’ de gás (no caso um carro) e não ser atravessada pelo medo e indignação? Não foi fatalidade, foi execução”, escreveu a atriz Camila Pitanga no Instagram.
A legenda do post foi acompanhada por uma imagem da vítima com a frase “Justiça por Genivaldo”. Camila lembrou ainda que na terça-feira (24) a operação policial na favela Vila Cruzeiro, na zona norte do Rio de Janeiro, culminou na morte de ao menos 23 pessoas.
“A polícia protege a quem? A custo de quantas vidas inocentes? Já consigo ler os seguintes comentários: ‘Ah, mas eram bandidos’, ‘bandido bom é bandido morto, ‘quantos policiais foram mortos sem nenhuma satisfação?'”, questionou a atriz.
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Fábio Assunção também usou as redes sociais para mostrar sua indignação com a morte de Genivaldo. No Twitter, o ator publicou a imagem pedindo justiça.
“O Estado fracassa, exalta seus agentes assassinos. A aversiva cena da malevolência recebendo a graça. Condecoram a crueldade. É assim que os bichos escrotos saem dos esgotos”, escreveu.
@JamilChade O Estado fracassa, exalta seus agentes assassinos. A aversiva cena da malevolência recebendo a graça. Condecoram a crueldade. É assim que os bichos escrotos saem dos esgotos. #JusticaPorGenivaldo
— Fabio Assunção (@FabioAssuncao) May 26, 2022
Os agentes da PRF envolvidos na ação que resultou na morte de Genivaldo afirmaram no boletim de ocorrência que o óbito não teve relação com a abordagem.
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, confirmado pela Secretaria de Segurança Pública nesta manhã indica que as causas da morte foram asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. Outros exames foram realizados para detalhar a razão do óbito.
Segundo a família, a vítima tinha esquizofrenia e tomava remédios controlados a pelo menos 20 anos.