Candidato bilionário à Presidência americana, Bloomberg lança plano para taxar ricos como ele

Bilionário e candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Michael Bloomberg propôs neste sábado aumentos de impostos sobre grandes riquezas e corporações, incluindo uma “sobretaxa” para aqueles que ganham mais de US$ 5 milhões por ano (aproximadamente R$ 21,4 milhões). Segundo a campanha do ex-prefeito de Nova York, as medidas deverão levantar cerca de US$ 5 trilhões (R$ 21,4 trilhões) em cinco anos, que financiariam projetos de saúde, habitação e infraestrutura.
Todos os principais candidatos democratas defendem impostos maiores para os mais ricos, mas o plano de Bloomberg é visto como menos agressivo que os de seus adversários. A proposta, na prática, inclui a reversão dos cortes de impostos para os mais ricos realizado pelos pelo presidente Donald Trump, além de uma “sobretaxa” de 5% para ativos financeiros a US$ 5 milhões ao ano.
Ela também aumentaria o imposto de renda para americanos que ganham mais de US$ 1 milhão em ativos por ano (cerca de R$ 4,3 milhões) e iria impor um limite nas deduções fiscais estabelecidas por Trump — algo que outros democratas defendem eliminar. Outra medida reverteria parcialmente uma dedução fiscal para empresas que não são, pela lei americana, reconhecidas como pessoas jurídicas: aumentando o percentual de 21% para 28%. Antes de 2017, a taxa era de 35%.
As propostas de Bloomberg limitam-se aos ativos financeiros, não incluindo a taxação de patrimônios dos 0,1% mais ricos, parte badalada da plataforma política de candidatos mais à esquerda, como Elizabeth Warren e Bernie Sanders. Warren propõe um imposto anual de 2% sobre patrimônios avaliados entre US$ 50 milhões e US$ 1 bilhão, e de 3% sobre patrimônios de mais de US$ 1 bilhão, enquanto Sanders propõe cobrar o imposto adicional a partir de fortunas acima de US$ 32 milhões, com uma taxa que pode chegar a até 8%.
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