Candidato da esquerda à Presidência da Colômbia revela plano para assassiná-lo

O senador e candidato à Presidência da Colômbia, Gustavo Petro, denunciou um plano para assassiná-lo. O anúncio foi feito após ele cancelar uma viagem à principal região de produção de café do país e um dia depois de um carro bomba ser detonado da sede de uma prefeitura no departamento de Cauca.
Segundo a campanha do de Petro, que lidera a pesquisa para o 2° turno, que acontecerá no fim do mês, a esquipe de segurança do candidato “recebeu a informação, em primeira mão de fontes na região” de que o “grupo armado La Cordillera estaria planejando um atentado contra a vida do candidato”.
Em um comunicado, a Polícia Nacional disse que “até o momento, não possui informações de inteligência ou ligadas a investigações judiciais que permitam inferir a existência de um plano criminoso contra o candidato do movimento Pacto Histórico”.
Organização é ligada ao narcotráfico
O grupo suspeito de planejar o ataque, La Cordillera, é uma organização paramilitar ligada a atividades do narcotráfico quem tem sua principal atuação na região cafeeira. A quadrilha foi acusada pela polícia pelo assassinato do ativista Lucas Villa, executado com oito tiros por motociclistas na época das manifestações contra o governo.
O 2° turno da eleição, marcado para o próximo dia 29 de maio, vem seno considerada uma das mais polarizadas das últimas décadas. Petro, senador e ex-guerrilheiro, lidera as pesquisas com 43,6% votos, enquanto Federico Gutiérrez, representante da direita, tem 26,7%.
No domingo (01), um carro-bomba foi detonado em frente à prefeitura da cidade de Argeleia, no departamento de Cauca, deixando um vigilante ferido e estragos na estrutura do prédio. A região é conhecida pela produção de cocaína e palco de confrontos entre guerrilhas e grupos ligados ao narcotráfico.