Candidatos ligados à Universal ignoram Bolsonaro enquanto igreja fortalece apoio

Foto: Reprodução/Redes sociais
Enquanto a Igreja Universal do Reino de Deus demonstra o seu imenso apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), mostrando que está inflexível em sua aversão ao PT, candidatos ligados à igreja parecem ignorar e omitir o candidato à reeleição em seus materiais de campanha, segundo a Folha de S.Paulo.
A deputada estadual Edna Macedo (Republicanos), irmã de Edir Macedo, e o deputado federal Marcos Pereira (Republicanos), tiveram parte do material de campanha impresso deixando em branco os cargos de senador, governador e presidente, quadros importantes para a Universal.
É comum que os santinhos dos candidatos venham com uma “colinha”: na frente, o candidato ao cargo político, e, no verso, os números de aliados. Outros candidatos da igreja também omitiram Bolsonaro, como Gilberto Abramo, bispo da Universal em Minas que concorre uma vaga na Câmara.
Nas redes sociais, Edna promoveu sua campanha destacando apenas ela, Pereira e Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo. Pereira publicou uma imagem com o presidente pela última vez há dois meses.
A ausência do nome de Bolsonaro nos panfletos eleitorais foi vista como um indício de que parte da denominação está reticente no apoio incondicional a ele. Ao mesmo tempo, em vários outros momentos a Universal aumenta a aposta no bolsonarismo.
Em editorial do último domingo (18), a Folha Universal, jornal distribuído na porta dos templos da igreja, afirma que a esquerda pode “chorar copiosamente” à vontade: as “manifestações cívicas” galvanizadas pelo presidente no 7 de setembro mostraram que “o líder supremo da esquerda no Brasil não terá vida fácil”.