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Caravelas-portuguesas assustam banhistas e são confundidas com ‘camisinhas’ no litoral

Caravelas foram encontradas pelo biólogo Edson Ventura, que disse ter visto centenas desses animais encalhados na praia — Foto: Arquivo Pessoal/Edson Ventura

De Vanessa Ortiz no G1 Santos.

A aparição de centenas de caravelas-portuguesas, que podem causar queimaduras graves, em uma praia de Peruíbe, no litoral de São Paulo, assustou e chamou a atenção de turistas e moradores da cidade nos últimos dias. O surgimento da espécie nesta época do ano ocorre por causa da correnteza marítima, segundo especialista. Em entrevista ao G1, uma publicitária da Capital afirmou ter achado que eram sacos plásticos, ou mesmo preservativos, na faixa de areia.

A turista Anna Seabra, de 39 anos, avistou os animais, de tons azulados e rosados, na Praia do Guaraú, enquanto passeava com a família. Segundo ela, o “ser de outro planeta”, como denominou, a assustou muito, pois nunca havia visto nada parecido. “Costumo visitar a minha irmã aqui em Peruíbe. Fiquei bem assustada com as caravelas, porque elas parecem um ser de outro planeta. Nunca tinha visto, me assustei mesmo”, afirma.

Ela soube do que se tratava quando o cunhado, morador da cidade, explicou que eram caravelas-portuguesas. “Se estivesse passando ali sozinha, ia achar que era um saco plástico, uma camisinha, ou algo do tipo, porque é bem estranho. Parece um ser de outro planeta mesmo”, explica a publicitária. Apesar do susto, Anna afirma que achou o encontro interessante, e até ficou com dó delas, por já estarem fora d’água.

“Mas, a gente não podia fazer nada. Cheguei bem pertinho, pude vê-las respirando, é muito doido mesmo, não é uma coisa que a gente vê todo dia”, afirma maravilhada.

As caravelas-portuguesas encalhadas na praia também foram vistas pelo biólogo e morador da cidade Edson Ventura, que afirmou nunca ter visto tantas, mesmo em uma época em que é comum a aparição da espécie. “Havia várias delas, centenas, incontáveis”, diz. Ele acredita que isso tenha ocorrido devido aos fortes ventos e à quantidade de ondas. “Desta vez, tinha uma quantidade bem maior. É normal, mas não nesse número grande”, explica.

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