Carrefour de Porto Alegre autorizava o “emprego de violência”, diz ex-fiscal
Do UOL:

Um ex-fiscal afirmou à polícia que a gerência da unidade do Carrefour na zona norte de Porto Alegre autorizava o “emprego de violência” em clientes que “estavam causando problemas”. Foi lá que o homem negro João Alberto Silveira Freitas, 40, morreu após ser espancado por dois seguranças do estabelecimento — Magno Braz Borges e o policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva – na última quinta-feira (19). Os dois homens estão presos.
O UOL teve acesso ao depoimento. O uso da violência, segundo relatou à polícia o homem de 34 anos, ocorria também para que suspeitos confessassem “furto ou confusão ocorrida no interior do estabelecimento”.
Segundo o ex-fiscal, nesta unidade do Carrefour há uma sala sem câmeras de segurança próxima de onde Beto, como era conhecida a vítima, foi agredido. Ele disse que é “usual a prática dos seguranças do local de imobilizar suspeitos e levar até a referida sala para que nada fosse gravado pelo sistema de segurança”.
O ex-fiscal trabalhou na unidade por dois meses, no final do ano passado. O homem afirmou que “era comum, ao desconfiarem de algum furto de bens, serem tomadas providências sob a orientação da gerência da segurança e da líder da loja que na época que o declarante trabalhava era a sra Adriana”, segundo trecho de depoimento à polícia.
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