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Casal de pastores são julgados por matar e explorar menores

Pessoa com a mão estendida em sinal de recusa ou defesa – Foto: Reprodução

O casal de pastores acusado de homicídio em Aracaju também já havia sido condenado na Justiça do Trabalho por exploração de menores em atividades ligadas à igreja que fundaram. Segundo o Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE), jovens e adolescentes eram recrutados sob o pretexto de “voluntariado”, mas eram submetidos a longas jornadas, catando latinhas, vendendo alimentos e realizando serviços domésticos sem remuneração ou com pagamento irrisório. O órgão relatou ainda casos de tortura física e psicológica usados como forma de controle.

A 6ª Vara do Trabalho de Aracaju condenou o casal ao pagamento de R$ 1 milhão por dano moral coletivo e indenizações individuais para duas vítimas. O MPT destacou que situações de exploração, trabalho escravo e violação de direitos trabalhistas podem ser denunciadas ao órgão por meio do site, telefone ou atendimento presencial.

Enquanto isso, os pastores e familiares enfrentam julgamento criminal pelo assassinato de uma mulher de 35 anos, ocorrido em 2020, no bairro Santa Maria, em Aracaju. De acordo com a denúncia, a vítima foi espancada, queimada e enterrada em um canavial, com ajuda dos filhos do casal. Após o crime, os acusados fugiram para o interior de São Paulo, onde foram presos em 2022. No Tribunal do Júri, eles respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.