Caso de mulher agredida com 60 socos expõe recorde nos índices de feminicídio no Brasil

O brutal espancamento de uma mulher pelo ex-jogador de basquete Igor Cabral, que a agrediu com 60 socos em um condomínio de Natal (RN), chamou atenção para a escalada dos casos de feminicídio no Brasil.
A vítima, com graves ferimentos no rosto, precisou passar por uma cirurgia de reconstrução facial. O agressor foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou um aumento de 1,2% nos casos de feminicídio em 2024, atingindo a maior taxa desde 2015. O crescimento mostra um avanço preocupante desse tipo de crime, mesmo com campanhas de conscientização e leis de proteção às mulheres, como a Lei Maria da Penha.
A vítima, cujo nome não foi divulgado, segue em recuperação.
Já Igor Cabral, de 29 anos, está detido e pode responder por tentativa de feminicídio. A investigação segue em curso, e a repercussão do caso aumentou a pressão por punições mais severas e mecanismos mais eficazes de proteção às mulheres.
Especialistas em segurança e direitos humanos defendem medidas de prevenção estruturadas, como monitoramento de agressores reincidentes, ampliação de casas de acolhimento e investimento em serviços de denúncia e apoio psicológico às vítimas. A continuidade de altos índices reforça que o combate ao feminicídio deve ser uma prioridade permanente.