Caso Genivaldo: Bolsonaro passa pano para policiais e pede justiça “sem exageros”

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Na última quarta-feira (25) Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos morreu por asfixia e insuficiência respiratória aguda, após abordagem violenta de três policiais da PRF, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas, que abordaram e prenderam a vítima em um porta-malas da viatura policial com gás lacrimogéneo. Na manhã desta segunda-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro (PL), como já era de se esperar, defendeu a Polícia Rodoviária e afirmou que a justiça deveria ser feita, mas sem exageros por parte da mídia.
No discurso, o chefe do Executivo federal disse que lamentava o caso mas defendeu a PRF. “Não podemos generalizar tudo o que acontece no Brasil”. “A PRF faz um trabalho excepcional para todos nós”, declarou.
Na fala ele também criticou a mídia por ter ido apenas para o lado de Genivaldo, que foi assassinado em uma câmara de gás improvisada em uma viatura da policia. “A justiça vai existir nesse caso e, com toda certeza, será feita a justiça né. Todos nós queremos isso aí. Sem exageros e sem pressão por parte da mídia, que sempre tem um lado: o lado da bandidagem”, reiterou
“Como lamentavelmente grande parte de vocês (jornalistas) se comportam, sempre tomam as dores do outro lado. Lamentamos o ocorrido e vamos com seriedade fazer o devido processo legal para não cometermos injustiça e fazermos, de fato, justiça”, disse o pré-candidato pelo PL.
Na ocasião, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, afirmou apenas que não há o que comentar enquanto os procedimentos não forem finalizados. Bolsonaro tem forte relação com as forças policiais. Com a PRF, em especial, o presidente criou vínculos nos últimos anos, até defendeu reajuste diferenciado para a categoria, o que levou a ameaças de greve de outros setores.
Todos os policias envolvidos no caso foram afastados, o inquérito aberto deva ser finalizado em até 30 dias. O Ministério Público Federal também tem acompanhado o caso e abriu dois procedimentos, um cível e outro criminal, para investigar as circunstâncias da morte.